Teste da Orelhilha
Saber se tudo vai bem com a audição do bebê é um cuidado que já deve ser tomado assim que ele nasce. Os sons estão entre os estímulos mais importantes da primeira infância e é a partir deles que desenvolve a fala e todo o relacionamento emocional com a mãe, família e o mundo.
Um exame muito simples, rápido e indolor para o bebê recém-nascido e o ideal é realizá-lo até o 3º mês de vida.
Os bebês que nascem com problemas de audição necessitam de ajuda especializada ainda no primeiro ano de vida, minimizando assim os prejuízos no desenvolvimento da linguagem e da fala. Quanto mais precocemente for detectada a perda auditiva é melhor, pois desta forma se ganha tempo para recuperar a capacidade auditiva, desenvolver a linguagem expressiva, aumentar a auto-estima e melhorar a qualidade de vida do usuário.
Presbiacusia
Presbiacusia é o envelhecimento natural do ouvido humano que provoca principalmente a redução na compreensão da fala.
Com a idade, vão se instalando alterações estruturais em todo o aparelho auditivo.
Muitas vezes a deficiência auditiva pode vir acompanhada de um zumbido (chiado, apito,...) que compromete ainda mais o bem estar.
A perda auditiva inicialmente começa nas altas freqüências, tornando a percepção das consoantes muito difíceis, especialmente quando a comunicação ocorre em ambientes ruidosos.
A Perda Auditiva é Neurosensorial Bilateral, descendente, geralmente simétrica e progressiva com a idade (pode iniciar aos 27 anos).
Devido a esses fatores, impossibilita de manter relações e diálogos, resultando no indivíduo reações psicológicas sérias como o isolamento, a frustração pessoal e o estresse, comprometendo sua relação com seus familiares, amigos e a própria sociedade.
Ainda é grande a resistência oferecida pelos idosos ao uso de Aparelhos Auditivos e o principal objetivo de adaptá-los num idoso, deve ser o de minimizar a desvantagem de ouvir menos, evitar o isolamento e a segregação social.
Com o aumento da idade, a principal queixa dos idosos, portadores de Presbiacusia, é que escutam mas não entendem o que lhes é dito, isso ocorre devido ao declínio no Processamento Auditivo Central.
Fatores Psicossociais devem ser levados em consideração quando da seleção e adaptação de Aparelhos Auditivos para idosos e reforçam a urgência da necessidade de informar e orientar adequadamente essa população, a fim de que possam desfrutar dos benefícios obtidos a partir de seu uso adequado.
Os principais agentes agravantes da Presbiacusia são
- Exposição a ruídos
- Diabetes
- Uso de medicação ototóxica
- Herança Genética
O principal objetivo de adaptar um Aparelho Auditivo num idoso deve ser o de minimizar a desvantagem de ouvir menos, evitar o isolamento e a segregação social.
Zumbido
É um barulho que algumas pessoas percebem no ouvido ou na cabeça, mesmo quando não há nenhum ruído no ambiente e pode aparecer como um chiado ou apito. É um sintoma provocado por algumas doenças. Algumas pessoas escutam apenas no silêncio ou quando prestam atenção em seus ouvidos; outras o ouvem o dia todo.
É comum ter zumbido. No início, muitos ficam preocupados e até com insônia, mas deve-se procurar um médico otorrinolaringologista, pois ele saberá investigar e orientar adequadamente. Apesar de não incomodar algumas pessoas, ele atrapalha bastante a qualidade de vida de outras podendo até interferir no sono, na concentração, leitura e no trabalho, deixando a pessoa mais ansiosa, irritada ou deprimida.
Causas do Zumbido: perda auditiva, abuso de cafeína, de doces ou alimentos gordurosos, exposição a ruídos intensos, otites, labirintites, envelhecimento, diabetes, pressão alta, doenças do coração, da tireóide, problemas emocionais, stress, trauma acústico, colesterol alto, alterações de ATM (bruxismo), jejum prolongado e problemas cervicais ou contraturas nos músculos ao redor do ouvido.
Tratamento: deve ser personalizado, pois levará em conta a causa do zumbido e a presença ou não de outros fatores influenciando. Quanto mais precoce for iniciado o tratamento, maior a chance de melhora.
Os métodos utilizados podem ser de Tratamento da Habituação (TRT), Medicamentoso ou adaptação de Aparelho Auditivo com gerador de som para mascarar o zumbido.
Processamento Auditivo Central (PAC)
Pode-se dizer que Processamento Auditivo é “aquilo que fazemos com o que ouvimos”.
A Memória, a Atenção e a Linguagem são integrantes nestes processos e acontecem no Sistema Auditivo Periférico e no Sistema Nervoso Auditivo Central.
Um transtorno no Processamento Auditivo Central só pode ser detectado por meio de testes específicos que avaliem a função auditiva central.
A queixa mais característica desse transtorno, é a dificuldade de ouvir em ambientes acústicos desfavoráveis (ruidosos, com vários interlocutores ou com distorção da mensagem falada)
Características dos indivíduos com transtorno do PAC:
- Dificuldade em compreender a fala na presença de ruídos e/ou em grupos;
- Tempo e atenção curtos (reduzidos);
- Ansiedade e estresse quando escuta;
- Facilmente distraído;
- Dificuldade em seguir direção;
- Dificuldade para lembrar informações auditivas;
- Pior habilidade de fala, linguagem escrita e/ou leitura;
- Comportamento impulsivo;
- Dificuldade de organização e sequencialização de estímulos verbais e não-verbais;
- Utilização de pistas visuais para compreender a mensagem falada;
- Tempo e latência aumentado para emissão de respostas;
- Respostas inconsistentes aos estímulos auditivos recebidos;
Implante Coclear (IC)
O Implante Coclear é um dispositivo eletrônico, parcialmente implantado, por procedimento cirúrgico, que visa proporcionar aos seus usuários sensação auditiva próxima ao fisiológico.
O Implante Coclear é visto como uma boa opção aos portadores de Surdez Neurosensorial de severa a profunda que não têm condições de escutar e compreender a fala, ou mesmo que escutando alguns
sons, essa sensação não é suficiente para o uso social ou profissional. Outro fator relevante à avaliação da possibilidade de realizar O Implante Coclear é o uso prévio, sem resultados satisfatórios, de aparelhos auditivos.
A avaliação dos pacientes candidatos ao Implante Coclear é realizada por meio de uma equipe interdisciplinar, composta por Médicos Otologistas, Fonoaudiólogos, Psicólogos e outros.
No entanto, os resultados variam de individuo para individuo, em função de uma série de fatores, entre eles, memória auditiva, estado da cóclea, motivação e dedicação e programas educacionais e/ou de reabilitação.
A habilitação ou reabilitação auditiva (Fonoterapia), em portadores de Implante Coclear, têm como objetivo principal o treinamento auditivo para que possa ocorrer, com resultado satisfatório, o desenvolvimento da linguagem e da comunicação oral.